28 de outubro de 2008

LIXO OCEÂNICO NAS PRAIAS DE FERNANDO DE NORONHA

A primeira vez que fui à Fernando de Noronha, em 2001, fiquei tão fascinado pela beleza do lugar que fiquei "cego" para ver as coisas ruins da ilha. Em 2004 quando fui morar lá, comecei a conhecer melhor o ambiente e passei a explorá-lo mais, principalmente como fotógrafo.
Naquela época, Márcio Dumel, um guia local, me mostrou os lugares menos explorados e visitados de Noronha, principalmente as trilhas do “Mar-de-fora”. O que vi foi a forte presença de lixo na costa das enseadas daquele lado. Esse lixo, me explicou ele, é trazido pelas correntes marinhas de várias regiões do nosso globo, o que foi constatado, já que víamos que o rótulo das embalagens de plástico vêm de diferentes continentes e países.

Nesta semana eu e a Amelia, inspirados em dar continuidade à campanha contra o uso de sacolas e embalagens plásticas, resolvemos documentar o que o nosso comodismo e descaso estão causando ao meio ambiente, inclusive aqui no isolado arquipélago de Fernando de Noronha.

Há alguns meses atrás, lendo a Revista Veja, tomei conhecimento do que esse lixo de plástico que encontramos pode representar. Resolvi me aprofundar um pouco no assunto pra poder falar a respeito. No texto abaixo resumi um pouco daquilo que encontrei.

No Pacífico Norte, em lados opostos do arquipélago do Havaí, há dois enormes depósitos de lixo que são mantidos no local pelo movimento circular das correntes marítimas. Estima-se que sejam 100 milhões de toneladas de lixo e que aproximadamente 90% deste são resíduos de plástico. Esta “sopa de plástico”, como é chamada, só vem crescendo e estende-se por uma área o dobro do tamanho do Brasil.

Alguns resíduos encontrados nesta "sopa" tem meio século de idade. São pedaços de redes de pesca, garrafas, tampas, bolas, bonecos, sapatos, sacos de plásticos, pequenos pedaços impossíveis de identificar e muito de tudo o que é possível de ser fabricado em plástico.

A presença de tanto plástico é extremamente problemática para a vida marinha. De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas, é a causa da morte de mais de um milhão de aves marinhas todos os anos, bem como de mais de cem mil mamíferos marinhos. Rolhas, isqueiros, seringas, filtros de cigarros, escovas de dentes e muitos outros objetos já foram encontrados nos estômagos de aves mortas, que os engolem pensando tratar-se de comida.

Sugiro que veja um vídeo sobre a autópsia dum albatroz. Se tiver estômago para isso...

O Programa Ambiental das Nações Unidas estima ainda que cada milha quadrada de oceano contenha cerca de 46 mil pedaços de plástico. A mesma característica que torna o plástico útil para os consumidores, a durabilidade, transforma-se num sério problema ambiental. Cerca de 100 milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos e 10% acabam no mar.

É possível que este fenómeno se repita em menor escala em outros oceanos.

A Grande "Sopa de Lixo" do Pacífico não está mais restrita a áreas de baixa produtividade, onde passou despercebida por décadas, mas agora já se alastra por águas de elevada riqueza biológica e de grande interesse comercial.

Está também nas nossas mãos evitar a utilização abusiva de produtos de plástico. Evite os produtos com embalagens plásticas e recorra aos sacos reutilizáveis.

Muitos países já proibiram o uso das sacolas.

USE SACOLAS RETORNÁVEIS PARA CARREGAR COMPRAS DE SUPERMERCADO;

PREFIRA PRODUTOS SEM EMBALAGENS PLÁSTICAS;

CONSUMA REFRIGERANTES QUE UTILIZEM GARRAFAS DE VIDRO RETORNÁVEIS;

ENCAMINHE SEU LIXO PARA RECICLAGEM;

FAÇA A SUA PARTE!

14 de setembro de 2008

João, no O Globo - Barra.
É isso aí amigos, um matéria no O Globo - Barra.
O lançamento do livro "Viver Fernando de Noronha" é nesta quinta (18 de setembro), no restaurante Líquido em Ipanema. Rua Barão da torre, 398 (Pça. Nossa Senhora da Paz) a partir das 18:30. Estão todos convidados.

5 de setembro de 2008

Fotógrafo carioca lança livro "Viver Fernando de Noronha" texto Ana Cristina Rosadlivro "Viver Fernando de Noronha"

Capa dura, 72 páginas. Editora Réptil.

O fotógrafo João Vianna lança, dia 18, deste mês o livro "Viver Fernando de Noronha", pela Réptil Editora. A obra é o resultado do privilégio de viver, durante três anos, onde todo o brasileiro sonha em tirar férias – o arquipélago de Fernando de Noronha.

Tudo começou quando este professor de educação física, um quase-urbano, decidiu dar ouvidos ao coração e se mudou de mala e rolos de filme, indo morar na ilha. Com a alma em expansão de quem faz o que ama, ele revelou, filme após filme, uma Noronha até pouco tempo incógnita.

Um registro sincero de quem se valeu dos próprios olhos como a melhor lente, e que, através de sua contemplação, proporciona aos leitores uma verdadeira viagem de sons, luzes, costumes, surf, fauna & flora, gente, sonho, céu e mar, contrastes e magia. "O livro é inédito por ser o único do assunto produzido por um fotógrafo que morou em um dos mais belos paraísos tropicais do mundo. Nele, o leitor tem acesso, de vários ângulos e situações, às paisagens e locais nunca antes vistos por turistas que já foram à ilha", diz João Vianna.

"Viver Fernando de Noronha" possui 62 fotografias, escolhidas a dedo, de um acervo de mais de 15.000 imagens. Vianna, que registrou paisagens nas diferentes estações do ano, conhece trilhas e caminhos da Ilha com a palma da mão. Bom nadador, com habilidade para o mergulho em apnéia, obteve belíssimas fotos da rica vida marinha. Cardumes exibindo sua coreografia sincronizada, além de predadores e presas dramatizando a ópera da sobrevivência entre coloridos corais e o vai-e-vem das algas podem ser apreciados no livro, que é uma verdadeira obra de arte. Registros de surfistas e atobás pegando onda e o trabalho dos pescadores também foram feitos por Vianna.

"No estado de sentir a areia ser aquecida pelo amanhecer, observar o vai-e-vem dos pássaros, testemunhar a força das "marés de lua", admirar o sol que mergulha sem pressa no mar dourado que registrei fragmentos e os compartilho com os leitores e amantes de Noronha. As imagens podem conter nas suas "entrelinhas", além da beleza doada pela natureza, elementos para reflexão", desta forma Vianna explica como montou a obra.

João Vianna, ligado nas questões ambientais, aderiu ao Projeto de reflorestamento Verde-Amanhã – uma iniciativa da fundação Jayme Sholna, o que confere ao livro "Viver Fernando de Noronha" o selo do projeto. As árvores usadas na produção do papel não são de desmatamentos ilegais e o impacto ambiental causado pela produção desta obra resultou no plantio de 47 mudas de árvores nativas em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O coquetel de lançamento acontecerá às 18h30, no Restaurante Líquido – Rua Barão da Torre, 398 – Ipanema.

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Lançamento Livro "Viver Fernando de Noronha", pela Editora Réptil

Dia: 18 de setembro, quinta-feira

Hora: às 18h30

Local: Rua Barão da Torre, 398 – Restaurante Líquido – em Ipanema

Valor do livro: 69,00

Entrada Franca

29 de julho de 2008

Aqui você pode conferir algumas das fotos que estão no livro "Viver Fernando de Noronha"

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